sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Suspeito de matar procuradora teria se torturado antes de morrer

Corpo do empresário Djalma Veloso tinha 28 lesões feitas por faca de cozinha; ele é suspeito de matar a mulher, Ana Alice de Melo



Autópsia feita pelo Instituto Médico Legal de Belo Horizonte indicou que o corpo do empresário Djalma Brugnara Veloso, 49, apresentava 28 lesões feitas por uma faca de cozinha. Ele é suspeito de matar a mulher, a procuradora federal, Ana Alice Moreira de Melo, 35.

Segundo o chefe do Departamento de Investigações da Polícia Civil de Minas Gerais, delegado Edson Moreira, das 28 facadas, 22 eram superficiais e o restante mais profundas. O golpe letal foi dado no peito e atingiu o coração do empresário.

A suspeita é de que Veloso se matou depois de assassinar a facadas a mulher a procuradora federal Ana Alice Moreira de Melo, 35.

O empresário foi encontrado morto no motel Capri na noite desta quinta-feira (02), por volta de 21h. Uma investigação está aberta no departamento de homicídios de Minas Gerais, mas as chances de ter ocorrido suicídio são de 99%.

A investigação também vai apurar se foi o empresário quem matou a procuradora federal. "Todos os elementos convergem para um homicídio seguido de auto extermínio, ou suicídio", informou o delegado Wagner Pinto.

Conforme as investigações preliminares, o empresário entrou sozinho no motel por volta de 4h40, pouco depois do horário em que Ana Alice foi morta, em sua casa, num condomínio fechado na cidade de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Ainda de acordo com as investigações, Veloso teria limpado o sangue da mulher em seu corpo com suas roupas, que estavam jogadas no quarto. Ele bebeu três latas de cerveja do frigobar e não fez nenhum pedido ao serviço de quarto, o que chamou a atenção dos funcionários do motel.


Por volta de 18h funcionários do motel ligaram para o quarto em que o empresário estava hospedado e ninguém atendeu. Uma camareira resolveu abrir a porta com uma chave reserva e encontrou o homem morto por volta de 21h. As polícias Militar e Civil foram acionadas.

Exames periciais no corpo e no local do crime indicam o horário aproximado que o empresário morreu. Ele foi encontrado deitado de barriga para cima na cama do motel, vestindo apenas cuecas. Além de facadas na região do peito, foram identificadas facadas no pescoço, próximo à artéria carótida, e na perna, próximo à veia femoral. Os golpes foram dados da esquerda para a direita e ele era destro. A faca, possivelmente utilizada para matar a procuradora, estava ao lado do corpo de Veloso.

Alguns objetos foram apreendidos no carro do empresário, um peugeot branco do empresário, como roupas e carregador de celular. O aparelho telefônico dele, entretanto, foi localizado na casa de sua mãe, que ficava a poucos metros de própria casa, no condomínio Vila Alpina, em Nova Lima. O inquérito tem prazo de 30 dias para ser concluído.

Se ficar comprovado que ele matou a esposa e se suicidou, o caso será encerrado por extinção de punibilidade pela morte do agente". "Se ele matou a mulher e se matou, não há como puní-lo", finalizou Wagner Pinto.

O corpo do empresário foi enterrado no final da tarde desta sexta-feira, no Cemitério Parque da Colina, região oeste de Belo Horizonte. Já o corpo da procuradora federal foi enterrado no Bosque da Esperança, região norte, às 13h. (IG)

0 comentários:

Postar um comentário

.

.