sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Especialistas dizem que anistia estimula paralisações


A concessão de anistia geral e irrestrita a policiais militares grevistas é um estímulo a outras paralisações país afora e deve ser evitada pelo governo da Bahia. Essa é a opinião de advogados e cientistas políticos ouvidos nesta quinta-feira pelo Globo. Eles manifestaram a mesma opinião que a presidente Dilma Rousseff: aqueles que cometeram atos violentos não podem ficar sem punição. – Tem que responsabilizar. Se começar a ter anistia, você põe em risco a disciplina e a hierarquia, que são princípios fundamentais das Forças Armadas e da Polícia Militar, e, aí, acaba a segurança – afirmou o advogado especialista em Direito Militar Dircêo Torrecillas Ramos. Professor de Ciência Política da Universidade Federal da Bahia e presidente do comitê baiano da ONG Tortura Nunca Mais, Joviniano Neto também é favorável à aplicação de punições. – A punição daqueles que abandonaram a manifestação pacífica e partiram para a violência e a prática de atos ilícitos tem que acontecer para servir de exemplo e mostrar que há limites – disse Neto. O professor considera, entretanto, inviável uma punição a todos os militares que participaram da greve pela dimensão do próprio movimento. Ele defende que as autoridades concentrem-se naqueles que tiveram condutas criminosas. (O Globo)

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